O Zenit bateu hoje o Anzhi por 2-1, num jogo complicadíssimo e de emoções fortes onde se jogava o sonho to titulo e a angústia da despromoção. Rondón abriu o marcador aos 9 minutos só para ver Smolov empatar perto dos 30 minutos. Na segunda parte o Zenit entrou com tudo para cima da equipa adversária e aos 62 minutos Danny finalizou com classe uma jogada colectiva do Zenit, dando assim a vitória ao nosso clube. O Zenit mantém assim a vantagem de 1 ponto para o Lokomotiv e fica à espera do que podem fazer as outras equipas de Moscovo.
Confronto de estilos deu em jogo cheio de emoções
Zenit e Anzhi entravam para este jogo sabendo de antemão os resultados dos seus adversários mais directos. A equipa da casa viu o Tom Tomsk vencer o Krylya Sovetov pelo que qualquer resultado que não a vitória deixava o Anzhi a uma enorme distancia da manutenção. Por outro lado o Zenit entrou sabendo que o Lokomotiv tinha vencido o seu jogo e momentaneamente estava no primeiro lugar. Era portanto obrigatório vencer para recuperar a posição de líder.
Como esperado o Anzhi entrou bastante forte na partida e logo nos primeiros minutos Bilyaletdinov teve uma soberana oportunidade de abrir o marcador. A equipa da casa tentava pressionar muito à frente, ser agressiva na entrada à bola e rápida nos seus movimentos. Por outro lado o Zenit procurava trocar mais a bola na procura dos espaços e controlar mais o jogo no meio campo. Além disso o Zenit procurava sair em velocidade sempre que o Anzhi subia com mais homens e acabava por perder a bola. Foi na verdade na sequência de uma dessas recuperações de bola que o Zenit chegou à vantagem. Hulk guiou o contra- ataque e depois da bola passar por vários jogadores de forma rápida, Witsel colocou em Rondón, que isolado abriu o marcador. O Zenit respondia assim da melhor forma à forte entrada do Anzhi, colocando-se em vantagem aos 9 minutos.
O Anzhi não sentiu o golo e continuou a atacar da mesma forma. Bukharov quase no lance seguido ao golo do Zenit esteve perto do empate. No meio deste confronto de estilos estava claro que o golo podia cair para qualquer um dos lados, pois também o Zenit arranjava espaços para criar perigo com facilidade. Caso fosse o Zenit a marcar o jogo estaria praticamente decidido mas se fosse o Anzhi a empatar a partida estaria relançada.
No meio das ocasiões de lado a lado acabou por ser o Anzhi a ser a equipa mais feliz e à entrada dos 30 minutos Smolov apanhou uma bola perdida após um corte da defensiva do Zenit e rematou sem hipóteses para Lodygin. O avançado Russo, que tanto tinha sido criticado no último ano, fazia assim o seu segundo golo em 15 dias. A equipa da casa chegava chegava assim ao empate.
Até ao intervalo o Zenit ainda dispôs de duas boas ocasiões, mas Danny primeiro e Arshavin depois não conseguiram colocar o Zenit de novo em vantagem. Os primeiros 45 minutos terminavam assim com o 1-1 no marcador.
Mais bola, mais controlo e vitória merecida
Na segunda parte o Zenit entrou ainda com mais força, com Witsel e Fayzulin a construírem e destruírem muito jogo, permitindo à nossa equipa ter o controlo da partida quase por completo. O Anzhi praticamente não criou perigo nos primeiros 15 minutos da segunda parte enquanto ao Zenit parecia que apenas faltava um momento de inspiração extra de Danny, Hulk ou Arshavin para a equipa chegar ao golo. E se esse momento não apareceu aos 57 minutos, em que Mikhail Kerzhakov impediu o golo de Hulk, aos 61 minutos o guarda-redes da equipa da casa nada conseguiu fazer. Grande jogada colectiva do Zenit, com Hulk a colocar em Rondón e o Venezuelano a segurar a bola até à entrada de Danny. O Português com um excelente remate não deu hipóteses de defesa. O Zenit estava de novo em vantagem!
O Zenit continuou a dominar o jogo e aos 68 minutos o golo da tranquilidade esteve muito perto. Livre de Hulk na direita e Danny e Lombaerts estiveram a menos de um palmo de conseguir cabecear a bola para a baliza. Kerzhakov também não se deixou enganar pelo movimento dos dois jogadores e ainda enviou a bola para canto, já que o cruzamento de Hulk levava o caminho da baliza.
O Anzhi com o passar do tempo tentou colocar mais gente na frente, já Villas-Boas tirou Hulk que estava esgotado, entrando Tymoshchuk para o seu lugar. Mais tarde Danny deu o lugar a Ansaldi e a união de todos os jogadores manteve o Anzhi fora da nossa área até ao fim da partida. A nossa equipa mostrou nesse período que além de ter muito futebol nos pés também sabe sofrer e lutar quando o jogo assim o exige. Grande vitória de AVB e seus pupilos. O treinador do Zenit leva cinco vitórias em cinco jogos. Só faltam mais quatro para chegarmos ao titulo!