O Zenit venceu hoje o Rubin Kazan por 6-2 mantendo assim pressão sobre os concorrentes ao título na Liga Russa. Num festival de futebol ofensivo, o grande destaque vai para o Venezuelano Salomón Rondón que em menos de meia hora fez um Hat-Trick à sua ex-equipa. Hulk com dois golos de penalti na primeira parte e Miguel Danny fizeram os outros golos do Zenit. O Zenit segue só com vitórias com André Villas-Boas no comando da equipa e está pelo menos provisoriamente na frente do campeonato.
O Zenit entrava para este jogo sabendo que o Rubin seria um adversário muito difícil de bater e o historial assim o mostrava. A última vitória do nosso clube sobre o Rubin tinha sido já em 2011 e nas últimas quatro partidas e Zenit perdeu as 4. André Villas- Boas voltou a confiar em Tymoschuk para a posição de trinco, permitindo que Witsel jogasse assim mais à frente. Na defesa Smolnikov substituiu Anyukov na lateral direita. Curiosamente nenhum dos jogadores que já passaram pelo Rubin Kazan foram titulares hoje na nossa equipa (embora tenham sido decisivos mais à frente no jogo.
Segurança defensiva e laterais a desequilibrar
O Rubin não surpreendeu na sua estratégia para este jogo, apostando num jogo de contenção que tão bons resultados lhes trouxeram ao longo dos anos. O Zenit aceitou de bom agrado a posse de bola, subindo a linha defensiva para tentar colocar os jogadores do Rubin em fora de jogo nas suas saída para contra ataque. Na verdade essa foi uma constante durante a primeira parte, com o Zenit a recuperar a bola rapidamente ou então a deixar os avançados adversários em fora de jogo.
Foi com a partida a ser jogada desta forma que o Zenit chegou à vantagem aos 18 minutos. Subida de Criscito pelo seu flanco, com o Italiano a combinar bem com Danny. Já dentro da área e no um para um o português acabou derrubado e o árbitro não teve dúvidas em assinalar penalti. Hulk foi chamado para converter a grande penalidade e não falhou. Estava aberto o marcador relativamente cedo, algo muito importante para destronar o pensamento de jogo do Rubin para hoje.
Após o golo o Zenit subiu ainda mais a pressão sobre o portador da bola adversário, não permitindo ao Rubin compor-se do golo sofrido. Mesmo sem criar grandes ocasiões de golo, o Zenit tinha o jogo completamente controlado, o que deixava os adeptos visivelmente satisfeitos. Foi portanto sem grande surpresa que o Zenit chegou ao segundo golo ainda antes dos 35 minutos. Desta fez foi o lateral Igor Smolnikov que avançou bem no terreno e após um passe de Fayzulin acabou derrubado dentro da área. Segundo penalti na partida e segundo golo de Hulk. Após uma série de penaltis falhados em 2013, o Brasileiro já leva três penaltis marcados em três tentativas neste ano. O Zenit chegava assim ao intervalo a vencer por 2-0 e com uma exibição muito segura.
Inicio de segunda parte insegura não fazia adivinhar goleada final
Tal como no jogo frente ao Krylya Sovetov o Zenit entrou inseguro na segunda parte e permitiu o Rubin Kazan crescer no jogo. A equipa forasteira começou a criar perigo, teve 2 ou 3 ocasiões de golo e aos 65 minutos chegou justamente ao golo. Serdan Azmun aproveitou uma bola perdida dentro da área após um canto para reduzir. André Villas-Boas percebeu que o meio campo estava algo desgastado e retirou Witsel para colocar Ryazantsev. Kerzhakov desinspirado deu lugar a Rondón. Os dois jogadores ex-Rubin acabariam por ser decisivos na vitória e bastaram 3 minutos para o comprovar. Recuperação de bola de Ryazantsev que colocou na direita em Smolnikov e o lateral sacou um cruzamento perfeito para um cabeceamento não menos perfeito de Salomón Rondón. Após um golo em Dortmund, Rondón estreava-se a marcar pelo Zenit no campeonato e o Zenit passava a respirar melhor após a entrada desastrada na segunda parte.
A partir daí o Rubin teve de arriscar ainda mais e o Zenit aproveitou os espaços para jogar da forma como mais gosta e o avolumar do resultado não foi mais do que natural. Aos 76 minutos Danny recebeu um passe de Rondón e com um remate em arco fez o 4-1. Excelente exibição do Português, que saiu logo de seguida para o aplauso. Mais 3 minutos e mais um golo do Zenit, com Ryazantsev a colocar a bola em Rondón e o Venezuelano usou a sua técnica e potência física para deixar o seu marcador directo fora do lance e finalizar para o 5-1. O Rubin ainda reduziu num penalti de Eremenko (Lodygin não conseguiu defender desta vez), numa jogada que nasceu deu mais um canto. As bolas paradas acabaram por ser um pouco o calcanhar de Aquiles do Zenit nesta partida. Mas Rondón ainda não estava satisfeito e sem qualquer tipo de misericórdia pelo seu antigo clube fez o hat-trick no último lance da partida. Salomón fez jus à sua alcunha na América do Sul e foi Rei numa partida em que a sua utilização foi tema de imprensa durante toda a semana.
O Zenit faz assim a sua parte neste fim-de-semana, não deixando o CSKA (que já tinha vencido ontem) aproximar-se e deixando o Lokomotiv com pressão extra para o seu jogo frente ao Volga. Pelo menos até amanhã o Zenit é o líder da Liga!