Os adeptos começaram a juntar-se bem cedo perto da Bolsa de valores e nos jardins à volta. O calor convidava sem dúvidas a umas bebidas bem frescas e foi assim que se foi matando o tempo até à hora marcada. Para mim era um dia especial, pois ainda não tinha acompanhado nenhum cortejo dos adeptos em São Petersburgo!
Se havia jogo que não devia ter sido a uma sexta-feira, devia ter sido este. Por um lado muita gente só se conseguiu juntar à marcha só a meio, os mais sortudos chegaram mesmo em cima da hora. Por outro lado o trânsito de uma cidade com quase 5 milhões de habitantes a uma sexta-feira é completamente caótico. Agora imaginem com a polícia a fechar o trânsito e até uma ponte para a passagem de milhares de adeptos!
O caminho foi feito em cerca de 40 minutos, no meio de muitas tochas, fumos, cânticos e pessoas à janela que vendo os adeptos a passar se apressavam a ir buscar um cachecol ou bandeira para mostrar o seu apoio. É sem dúvida uma cidade que está com o clube e com o qual as pessoas se identificam, mesmo que nunca tenham ido ao estádio.
Já no estádio a nossa claque tinha preparado uma excelente coreografia como aliás é seu hábito. Durante o jogo o apoio foi também fantástico. O Petrovsky é um estádio pequeno para a realidade do Zenit mas tem uma história e mística imensa que também parece dar aos adeptos uma força extra.
Em relação ao jogo, quando Arshavin marcou o 1-0 a passe de Kerzhakov, parecia que a tarde ia terminar de forma perfeita! A dupla que maravilhou os adeptos do Zenit voltava a funcionar! E foi por isto, pela qualidade do jogo do Zenit nesse dia, pelos adeptos fantásticos, pelo enorme cortejo, foi por tudo isso que o Zenit não merecia ter sofrido o golo do empate após um ressalto. Um anti-climax que no entanto não me fará querer esquecer este dia de Zenit ao peito!